Maria Nauside Pessoa da
Silva
A Artrite Reumatóide (AR)
é uma doença sistêmica que se caracteriza por uma sinovite inflamatória,
apresenta como sintomatologia rigidez matinal, presença edema, nódulos
reumatóides subcutâneos sobre proeminências ósseas ou superfícies extensoras. AR
é uma doença sistêmica, crônica e incapacitante. Quanto ao tratamento pode ser
medicamentoso e não – medicamentoso. Entre os não medicamentoso destacou-se
nesse estudo a laserterapia de baixa intensidade que atua como atenuante do
processo inflamatório promovendo assim alívio da dor aos portadores de AR. A
laserterapia está em pleno desenvolvimento e pode ser utilizado como
coadjuvante no tratamento da AR.
AR é uma doença
sistêmica crônica do tecido conjuntivo, cuja característica principal é uma
sinovite inflamatória persistente envolvendo todas as articulações sinoviais,
com possíveis deformações. Pode também acometer estruturas periarticulares e
tendinosas, tecidos e órgãos, como vasos sangüíneos, coração, pulmões e
músculos (BRUSCHI, 2009). AR
se manifesta também, por aumento da temperatura local, edema e dor. É uma
doença que em geral persiste por muitos anos, caracteristicamente afeta várias
articulações pelo corpo e pode causar danos nas cartilagens, ossos, tendões e
ligamentos das articulações, assim como pode estar associada a manifestações
intra-articulares, com presença de
nódulos reumatóides, alterações oculares e pulmonares, vasculite e pericardite (SILVA;
NOVARETTI; BALDAN, 2009).
Com relação ao sexo,
as mulheres são as mais afetadas que os homens, a prevalência aumenta com a
idade, a maioria dos pacientes inicia a doença entre 35 e 50 anos, como se
trata de uma doença que pode gerar incapacidade, aproximadamente a metade dos
portadores de AR param de trabalhar dentro de dez anos após diagnóstico da
doença (SKARE, 1999).
As causas da AR ainda
continuam desconhecidas, no entanto, alguns estudos têm mostrado que fatores
genéticos e ambientais podem influenciar no desenvolvimento da doença. Dentre
esses fatores incluem, resposta imunológica e inflamatória, auto-imunidade
mediada por anticorpos e por células T, descontrole na produção de citocinas
pró-inflamatórias e alteração da sinóvia em tecido celular invasivo, como o pannus
(CICONELLI, 2010).
O diagnóstico da AR é
clínico, O American College of
Rheumatology publicou entre 1987-88, os critérios revisados para
diagnóstico da AR, a saber, rigidez matinal com duração mínima de 60 minutos, artrite
de tres ou mais áreas articulares em mínimo de tres articulações diferentes,
acometidas ao mesmo tempo, com presença edema avaliado pelo Médico, artrite de
articulações das mãos, nódulos reumatóides subcutâneos sobre proeminências
ósseas. Demonstração do fator reumatóide por qualquer método que seja positivo
em menos que 5% dos controles normais, alterações radiográficas de mãos e
punhos, que incleum: osteopenia periarticular e erosões ósseas (MOREIRA;
CARVALHO, 2001).
Quanto ao tratamento
do paciente portador de AR pode ser medicamentoso ou não – medicamentoso, como
a Fisioterapia, Psicoterapia e Laserterapia. As drogas terapêuticas para uso na
AR, inicam-se com antiinflamtórios não-hormonais (AINH), corticóide e drogas
modificadoras da doença. Dentre os
tratamentos não-medicamentosos, destaca-se nesse estudo a Laserterapia de baixa
intensidade. O termo
laser é um acrônimo para Light
Amplification by Stimulated Emission of Radiation, que significa ampliação da luz por
emissão incitada da radiação. O laser utilizado para tratamento de patologias
humanas, emite luz terapêutica corresponde a uma pequena porção do
espectro que compreende os
comprimentos de onda do visível ao infravermelho próximo (330 a 1100 nm), potência menor
que
500 mW e dosagens menores que 35 J/cm
(ANDRADE; LIMA; ALBUQUERQUE, 2010).
Apesar
do laser terapeutico
não apresentar efeito diretamente
curativo, atua como um importante
coadjuvante para dimuição da dor, proporcionando ao
organismo uma melhor resposta a inflamaçao, com reducão do edema
e minimizacão da sintomatologia
dolorosa (LINS ET AL, 2010).
No tratamento da AR o laser de baixa intensidade pode ser
utilizado com o objetivo de promover um controle do processo inflamatório e
alívio da dor. Há a pressuposição de que
a irradiação pode diminuir a dor pelo fato de controlar a atividade
inflamatória (SILVA ET AL 2009).
Destaca-se a
necessidade de que para a utilização do laser terapêutico, alguns parâmetros
deverão ser observados, como comprimento de onda, energia emitida ao tecido, área
do feixe, tempo de aplicação, potência de pico, densidade de energia, e
densidade de potência. Essa especificidade de ação tem a função de orientar o
profissional que aplica a laserterapia com um determinado fim a reproduzir e
interpretar clinicamente os achados encontrados durante a periodicidade de
tratamento. Aspecto relevante sobre a aplicação do laser é em relação à dose, que
é a quantidade de radiação oferecida ao tecido a ser irradiado de forma que se
ajuste o tempo de irradiação e a área a ser irradiada (FUKUDA; MALFATTI,
2008).
Conclui-se, que o laser de baixa intensidade pode contribuir
como um importante tratamento não – medicamentosos utilizado no alívio da dor
de pacientes com AR e colabora para a diminuição do
processo inflamatório promovendo a redução da
sintomatologia dolorosa do paciente após a aplicação.
REFERÊNCIAS
ANDRADE,
Alexsandra G. de; LIMA, Cláudia F. de;
ALBUQUERQUE, Ana Karlla B. de. Efeitos do laser terapêutico no processo de
cicatrização das queimaduras: uma revisão bibliográfica. Rev Bras
Queimaduras. 2010;9(1):21-30.
CICONELLI, R. M. Guias de medicina
ambulatorial e hospitalar da UNIFESP-EPM: reumatologia. São Paulo: Manole,
2010
FUKUDA TY; MALFATTI CA. Análise da dose do laser de baixa
potência em equipamentos nacionais. Rev
Bras Fisioter, São Carlos, v. 12, n. 1, p. 70-4, jan./fev. 2008
LINS, Ruthineia
Diogenes Alves Uchoa et al. Efeitos bioestimulantes do laser de baixa potência no
processo de reparo. An Bras Dermatol.
2010;85(6):849-55
MOREIRA, C.;
CARVALHO, M. A. P. Reumatologia: diagnóstico e tratamento. 2ª. Ed. Medsi
Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2001
SILVA,
Danielle Peres; Novaretti, Ana Paula de Oliveira Costa; BALDAN, Cristiano. Efeito analgésico do laser de baixa intensidade
(LILT) na AR aguda. Rev Inst Ciênc Saúde 2009;27(1):35-8
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