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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

EFICÁCIA DA LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DA ARTRITE REUMATOIDE: REVISÃO DE LITERATURA



Maria Nauside Pessoa da Silva

A Artrite Reumatóide (AR) é uma doença sistêmica que se caracteriza por uma sinovite inflamatória, apresenta como sintomatologia rigidez matinal, presença edema, nódulos reumatóides subcutâneos sobre proeminências ósseas ou superfícies extensoras. AR é uma doença sistêmica, crônica e incapacitante. Quanto ao tratamento pode ser medicamentoso e não – medicamentoso. Entre os não medicamentoso destacou-se nesse estudo a laserterapia de baixa intensidade que atua como atenuante do processo inflamatório promovendo assim alívio da dor aos portadores de AR. A laserterapia está em pleno desenvolvimento e pode ser utilizado como coadjuvante no tratamento da AR.
AR é uma doença sistêmica crônica do tecido conjuntivo, cuja característica principal é uma sinovite inflamatória persistente envolvendo todas as articulações sinoviais, com possíveis deformações. Pode também acometer estruturas periarticulares e tendinosas, tecidos e órgãos, como vasos sangüíneos, coração, pulmões e músculos (BRUSCHI, 2009). AR se manifesta também, por aumento da temperatura local, edema e dor. É uma doença que em geral persiste por muitos anos, caracteristicamente afeta várias articulações pelo corpo e pode causar danos nas cartilagens, ossos, tendões e ligamentos das articulações, assim como  pode estar associada a manifestações intra-articulares, com  presença de nódulos reumatóides, alterações oculares e pulmonares, vasculite e pericardite (SILVA; NOVARETTI; BALDAN, 2009).
Com relação ao sexo, as mulheres são as mais afetadas que os homens, a prevalência aumenta com a idade, a maioria dos pacientes inicia a doença entre 35 e 50 anos, como se trata de uma doença que pode gerar incapacidade, aproximadamente a metade dos portadores de AR param de trabalhar dentro de dez anos após diagnóstico da doença (SKARE, 1999).
As causas da AR ainda continuam desconhecidas, no entanto, alguns estudos têm mostrado que fatores genéticos e ambientais podem influenciar no desenvolvimento da doença. Dentre esses fatores incluem, resposta imunológica e inflamatória, auto-imunidade mediada por anticorpos e por células T, descontrole na produção de citocinas pró-inflamatórias e alteração da sinóvia em tecido celular invasivo, como o pannus (CICONELLI, 2010).
O diagnóstico da AR é clínico, O American College of Rheumatology publicou entre 1987-88, os critérios revisados para diagnóstico da AR, a saber, rigidez matinal com duração mínima de 60 minutos, artrite de tres ou mais áreas articulares em mínimo de tres articulações diferentes, acometidas ao mesmo tempo, com presença edema avaliado pelo Médico, artrite de articulações das mãos, nódulos reumatóides subcutâneos sobre proeminências ósseas. Demonstração do fator reumatóide por qualquer método que seja positivo em menos que 5% dos controles normais, alterações radiográficas de mãos e punhos, que incleum: osteopenia periarticular e erosões ósseas (MOREIRA; CARVALHO, 2001).
Quanto ao tratamento do paciente portador de AR pode ser medicamentoso ou não – medicamentoso, como a Fisioterapia, Psicoterapia e Laserterapia. As drogas terapêuticas para uso na AR, inicam-se com antiinflamtórios não-hormonais (AINH), corticóide e drogas modificadoras da doença.  Dentre os tratamentos não-medicamentosos, destaca-se nesse estudo a Laserterapia de baixa intensidade. O termo laser é um acrônimo para Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation, que significa ampliação da luz por emissão incitada da radiação. O laser utilizado para tratamento de patologias humanas, emite luz terapêutica corresponde a uma pequena porção do espectro que compreende os comprimentos de onda do visível ao infravermelho próximo (330 a 1100 nm), potência menor que 500 mW e dosagens menores que 35 J/cm (ANDRADE; LIMA; ALBUQUERQUE, 2010).
Apesar do laser terapeutico não apresentar efeito diretamente curativo, atua como um importante coadjuvante para dimuição da dor, proporcionando ao organismo uma melhor resposta a inflamaçao, com reducão do edema e minimizacão da sintomatologia dolorosa (LINS ET AL, 2010).
No tratamento da AR o laser de baixa intensidade pode ser utilizado com o objetivo de promover um controle do processo inflamatório e alívio da dor.  Há a pressuposição de que a irradiação pode diminuir a dor pelo fato de controlar a atividade inflamatória (SILVA ET AL 2009).
Destaca-se a necessidade de que para a utilização do laser terapêutico, alguns parâmetros deverão ser observados, como comprimento de onda, energia emitida ao tecido, área do feixe, tempo de aplicação, potência de pico, densidade de energia, e densidade de potência. Essa especificidade de ação tem a função de orientar o profissional que aplica a laserterapia com um determinado fim a reproduzir e interpretar clinicamente os achados encontra­dos durante a periodicidade de tratamento. Aspecto relevante sobre a aplicação do laser é em relação à dose, que é a quantidade de radiação oferecida ao tecido a ser irradiado de forma que se ajuste o tempo de irradiação e a área a ser irradiada (FUKUDA; MALFATTI, 2008).
Conclui-se, que o laser de baixa intensidade pode contribuir como um importante tratamento não – medicamentosos utilizado no alívio da dor de pacientes com AR e  colabora para a diminuição do processo inflamatório  promovendo a redução da sintomatologia dolorosa do paciente após a aplicação.


REFERÊNCIAS
ANDRADE, Alexsandra G. de; LIMA, Cláudia F. de;  ALBUQUERQUE, Ana Karlla B. de. Efeitos do laser terapêutico no processo de cicatrização das queimaduras: uma revisão bibliográfica.  Rev Bras Queimaduras. 2010;9(1):21-30.


CICONELLI, R. M. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar da UNIFESP-EPM: reumatologia. São Paulo: Manole, 2010

FUKUDA TY;  MALFATTI CA. Análise da dose do laser de baixa potência em equipamentos nacionais.   Rev Bras Fisioter, São Carlos, v. 12, n. 1, p. 70-4, jan./fev. 2008


LINS, Ruthineia Diogenes Alves Uchoa et al. Efeitos bioestimulantes do laser de baixa potência no processo  de reparo. An Bras Dermatol. 2010;85(6):849-55       


MOREIRA, C.; CARVALHO, M. A. P. Reumatologia: diagnóstico e tratamento. 2ª. Ed. Medsi Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2001

SILVA, Danielle Peres; Novaretti, Ana Paula de Oliveira Costa;  BALDAN, Cristiano.  Efeito analgésico do laser de baixa intensidade (LILT) na AR aguda. Rev Inst Ciênc Saúde  2009;27(1):35-8

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